
Nesta sexta-feira, dia 30 de maio, aconteceu, no viveiro de mudas da Companhia de Limpeza de Niterói, a oficina ‘Fitoterápicos’, dada pela Divisão de Educação Ambiental (DIEA) da Empresa, coordenada pelo engenheiro florestal, Luiz Vicente. O evento foi uma realização da Secretaria das Mulheres, em parceria com a Clin e com o Sintacluns.
As garis Eliane dos Santos e Tânia Mara, que integram a equipe do viveiro, ensinaram a fazer pomadas para dores musculares e cicatrizantes, além de repelentes e tinturas. A oficina trouxe às mulheres participantes – cerca de sessenta – conhecimento de alguns preparados caseiros, com uma linguagem simples para facilitar a compreensão e tornar possível dividir o que aprenderam com os familiares e amigos.
Eliane explicou que utilizou as plantas medicinais do setor de mudas da Clin, como trançagem, aroeira, canela de velho e arnica. “Para esse preparo, o óleo de girassol, por não ter cheiro, é esquentado com as ervas. Depois, elas são retiradas, coloco a parafina e a cânfora, que dá aquele cheirinho bom. Colocamos no potinho, deixamos esfriar e a pomada está pronta”, complementa.
Tânia Mara dá a receita do repelente: “cinquenta gramas de cravo, cinquenta gramas de canela, duzentos gramas de citronela e cinquenta gramas de eucalipto, além do álcool de cereais. Em um pote fechado, é só deixar quinze dias para curtir, no escuro. Vou ensinar o passo a passo, assim como a tintura para tirar dor do corpo. Colocar quinze gotas em um copo d´água e beber”.
No local, ainda foi ensinado como extrair os princípios ativos do óleo vegetal e da colônia, por meio de um equipamento especial.
Ana Cristina Duarte, que coordena o eixo étnico-racial e diversidade na Secretaria da Mulher, se disse feliz com a receptividade: “com essas oficinas, podemos levar à população o benefício das ervas medicinais. Essa é a segunda edição. A primeira foi no Centro Especializado de Atendimento a Mulher – CEAM – onde foi feita uma oficina também com distribuição dos produtos produzidos, no mesmo formato desta agora, na Clin. Fiquei surpresa com a receptividade destas mulheres. Para algumas, o tema é novo, mas para outras, este assunto desperta muito interesse, principalmente nas que têm mais de quarenta anos. Temos a projeção de fazermos em outros locais também, de forma bimestral. Queremos levar, ainda, para as comunidades”.
Sobre o viveiro da Clin:
Possui mais de 170 mil mudas, sendo aproximadamente 305 espécies da Mata Atlântica. O viveiro coleciona espécies como pau-brasil, babosa branca, aroeira, angico-vermelho, figueira da pedra, além de mudas de ipê-branco e roxo, açaí, jabuticaba, pitanga, entre outras espécies frutíferas. Apresenta, ainda, plantas medicinais, como capim limão, erva cidreira e boldo, que servem para fazer chá, conheceram o berçário, onde as mudas ficam até os três meses e, quando atingem cerca de 20 centímetros, vão para outro local, pegam Sol e se preparam para subir o Morro da Boa Vista e, assim, servirem de base para o reflorestamento.

