
Um grupo de professores da rede pública municipal de Niterói participou, na última quarta-feira (3), de uma visita guiada ao Parque Natural da Água Escondida, no Bairro de Fátima. O trabalho de reflorestamento realizado pela Companhia de Limpeza de Niterói junto com a Secretaria de Meio Ambiente, Recursos Hídricos e Sustentabilidade (SMRHS) vem revelando nascentes antes soterradas. O engenheiro florestal da Clin, Luiz Vicente, responsável pela Divisão de Educação Ambiental da empresa, ministrou uma palestra sobre o projeto durante a visita.
“O reflorestamento fortalece o solo, protege as minas de água e evita a erosão. A medida que estas florestas se desenvolvem, elas começam a fazer com que a água se infiltre na terra, favorecendo sua limpeza e abastecendo o lençol freático. O nosso objetivo é poder ampliar o número de parceiros participando do projeto. Esta é uma maneira importante da empresa contribuir para a educação ambiental”, destacou, Luiz Vicente.
A palestra foi ministrada a professores de Ciências e Geografia, que lecionam para turmas do 2º ao 9º ano do ensino fundamental. De acordo Gustavo Gregório, coordenador de ciências na rede de escolas públicas municipais de Niterói, esta atividade faz parte do encontro de professores e o objetivo é transmitir o conhecimento adquirido em sala de aula:
“A atividade é muito enriquecedora e indispensável para os estudantes e todos os habitantes da cidade”, conclui Gregório.
O aqueduto é da segunda metade do século XIX e foi construído por escravos. O canal levava água de uma fonte do Morro São Lourenço para toda a cidade. O Parque é um verdadeiro oásis no coração da área urbana da cidade, com 62 hectares de mata preservada, como explica o Padre João Cláudio Loureiro do Nascimento, responsável por guiar historiadores e curiosos no passeio.
“A lenda é que este local guardava um grande tesouro e muitos moradores queriam encontrá-lo aqui, um lugar místico, que exala o sagrado e que tem muita história para se estudar, conhecer e preservar”, disse Padre João.
As trilhas do Parque levam a outros patrimônios históricos, como a antiga Chácara do Vintém, a Igreja Nossa Senhora de Fátima e as ruínas do reservatório de água, no alto do Morro do Boa Vista.
O projeto de reflorestamento da Divisão Ambiental da Clin vem sendo desenvolvido desde 2007. Desde então, já foram cultivadas mais de 120 mil árvores no Parque. Até o final deste ano, a estimativa da empresa é que serão plantadas mais 5 mil mudas na região.


